terça-feira, 1 de março de 2011

Assovio - Cecília Meireles

Ninguém abra a sua porta
para ver o que aconteceu:
saímos de braço dado,
a noite escura mais eu.

Ela não sabe e o meu rumo,
eu não lhe perguntou o deu:
não posso perder mais nada,
se o que houve já se perdeu.

Vou pelo braço da noite,
levando tudo que é meu:
_a dor que os homens me deram,
e a canção que Deus me deu.

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